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domingo, 29 de novembro de 2009


Crítica As Horas

Universo delicado da alma Feminina



AS HORAS. Direção:Stephen Daldry.Roteiro: David Hare, Michael Cunningham.: Estados Unidos, 2002,114min.


O filme, As Horas, do diretor, cineasta Inglês, Stephen Daldry, foi seu terceiro filme, em que conquistou sua terceira indicação ao Oscar de melhor diretor e ainda viu seu filme ser indicado em outras quatro categorias, incluindo melhor filme. Na verdade, o diretor Stephen Daldry, dirige as histórias de três personagens através da angústia e da solidão, evidenciando experiências de um universo muito delicado da alma feminina. Assim, é um filme baseado no romance, de Michael Cunningham e David Hare, através das narrativas de Virginia Woolf, de seu drama pessoal e de uma de suas obras, o romance Mrs. Dalloway.
A autora do livro Virgínia Woolf, também é personagem do filme em que passa por uma crise de depressão e ideias de suicídio. Sua personagem mesmo tendo um esposo que o ama de verdade, sofre crises nervosas, crises que ela mesmo produz um grande romance com a Senhora Dalloway. O filme faz uma ligação da história de três mulheres de diferentes épocas em que viviam sentimentos de angustias e solidão nos relacionamentos amorosos e de amizade. Ao mesmo tempo em que o filme mostras as diferentes histórias das três personagens, apresenta também diversas semelhanças entre si, sendo que a principal delas gira em torno do romance Sra. Dalloway, de Virginia Woolf. Portanto, ao narrar um dia na vida de três mulheres, a primeira história foi sobre a própria Virgina (Nicole Kidman) e suas dificuldades em escrever o livro, enquanto passa por uma crise emocional.

O filme As Horas, chega recheado de expectativa, o que pode acabar sendo um problema. Assim aconteceu comigo no decorrer do filme, não achei o filme de fácil compreensão, também discordo de ser um filme para concorrer a Oscar, pois, o mesmo é um filme pesado com cenas fortíssimas que não me levou a deleitar sobre a história. O filme As horas, certamente é uma produção que irá deixar grande parte do público descontente. Um dos assuntos mais tocado no filme é o suicídio, porém se você estiver deprimido, recomendo que nem pense em assistir esse filme. Eu mesma me sentir muito angustiada em ver aquele menino em uma casa cercada por pessoas depressivas, casa essa que parecia fria, triste, sem cor, sem luz e sem esperança. Os personagens ilustram a vivência e convivência de pessoas com quadros depressivos em diferentes épocas e em diferentes graus de morbidade. O filme procura mostrar as diferentes manifestações comportamentais e sintomáticas através da apresentação pessoal de cada personagem e também através do cenário das histórias representadas.

No entanto,o filme traz um roteiro belamente escrito, figurino bastante criativo e músicas suaves, em sua maioria piano, em que somos levados a imagens impecável cheia de detalhes e cores além das flores presentes em todos os momentos do filme. Entretanto, não me sinto motivada a indicar esse filme para nenhuma pessoa assistir, pois, não acredito que ele poderá trazer benefícios algum, porém se algum educador pensa diferente de mim, o filme apresenta situações que poderá ser analisadas para o trabalho em sala de aula com alunos do ensino médio, como: DST (Doenças sexualmente Transmissível), respeito as diferenças, cidadania, homossexualismo, preconceito e etc..

Um comentário:

Rita Cácia Fernandes disse...

Boas reflexões! Discutir a sexualidade é de suma importância em um senário que se plorifera cada vez mais as DST.
PARABÉNS!